prémio Fernando Távora 2009 INCOMPLETO



VIANA DE LIMA; HOMEM, MODERNISTA E HISTORICISTA


ÍNDICE

01  Intro – Sinopse da proposta de viagem
02  Plano de viagem detalhado
03  Pertinência da proposta

04  Imagens
05  Biografia
06  Curriculum Vitae

INTRO . SINOPSE DA PROPOSTA DE VIAGEM

"C'um saber só de experiências feito (...)"

Este texto dedica-se à observação da vida e obra do arquitecto Viana de Lima como proposta de viagem e à sua posterior organização num trabalho mais aturado em formato de tese ou monografia. Olho mais especificamente para o trabalho realizado por este - Alfredo Evangelista Viana de Lima – enquanto consultor e técnico em missão no exterior, primeiro pela UNESCO e depois pela FCG entre os anos 68 a 88 – desde Ouro Preto a Arzila, percorrendo todos os Continentes.

Tal como Távora, Viana via como profundamente necessário e como absolutamente complementar à formação académica o exercício da viagem e praticou-o ainda em tempo de estudante, para a “observação da forma como os problemas de arquitectura e urbanismo estavam a ser encarados nos vários países”. E ainda como Camões e Garcia de Orta juntou-lhes a prática dessa experiência de observação e de respeito (frase acima).

E tal como Távora também, Viana via a prática da arquitectura como uma paixão. Terá Távora ficado emocionado perante a visão e o toque de Taliesin ou apenas depois, enquanto já o relatava? Houve todavia uma emoção e é essa paixão que é o demonstrativo.

Da necessidade de elaboração de um trabalho

Isto para dizer que na origem de uma proposta de viagem dedicada a Viana de Lima surge lado a lado um interesse académico e arquitectónico a par com um combustível emocional comparável em pequena escala à de Taliesin e que é reatada agora com este texto. Sobre Viana de Lima foi a primeira viagem que realmente realizei absolutamente dedicada à arquitectura e a um arquitecto – ao Porto e a Vila da Feira.

modernismo percurso emocional / viagem. Percurso desde já emocional desde a faculdade

Da necessidade de ellaboração de um trabalho de grupo para o quarto ano do curso de arquitectura nuns já quase longíquos 98, recaiu a minha escolha e sugestão sobre a hipótese viana de lima, que no seio de propostas disponíveis foi a que mais originalidade recolheu na altura. Nao que eu buscasse originalidade, essa surgiu como acessorio, o proposito era mesmo saber quem era este arquitecto portugues que tinha sabido eu – tinha participado nos CIAM – tinha feito a magn+ifica casa honorio de lima e tinha colaborado com niemeyer no projecto do funchal. CIAM – ODAM

Na altura recordo-me que tive que convencer os meus colegas de grupo das virtudes deste desconhecido arquitecto de obscura obra e ainda mais desconhecida oportunidade e contribuição para o exercício da arquitectura portuguesa. A sugestao foi alem disso original mesmo no seio da escola, onde todos se recorriam dos convencionais Sizas, Mies ou Corbus. Da viagem entao surgida dirigi-me ao porto e a santa maria da feira para ver as obras possiveis.

Um extase sobre o que entao se pensava reduzir a um deserto vago de ideias sobre o que era o modernismo e os seus praticantes por ca e que se resumiu à descoberta de um seu heroi. Motivado ainda pelas suas viagens –

E o porque das viagens. Porque Viana viajou sempre – enquant estudante realizou viagens como referido no seu CV in catalogo pagina 43, curriculum vitae pelo proprio. E porque posteriormente sempre viajou – para os ciam atraves da europa (quais, locais, datas, textos contribuidos, outras participacoes) dos quais trouxe uma semente que infelizmente nao brotou por ca do modernismo . mas na esteira fundou os odam e oposicao ao grupo de lisboa também e por convite fundou s ciam porto, que nada realizaram, para desgosto de viana (in comentário de catalogo).

Posteriormente viajaria para o brasil (locais, datas) em missoes da unesco, repetidas posteriormente e atraves das quais surgiria fundamental trabalho de campo para considerar duas dessas cidades património mundial. E doos quais surgiria amizade com niemeyer para criar os projectos em parceria para portugal – como o do casino-hotel. E ainda diversas conferencias e aulas. Ainda depois e já a cargo da FCG percorreu Marrocos (local, data), novamente Brasil (local, data), mocambique (local, data), malasia (local, data) e tailandia, onde em conjunto com um recente interesse culturalista (in pedro mendes ferreira) ou comparavel a le duc (portas – confirmar este) ou ainda no decorrer de um percurso natural (pedro vieira mendes – confirmar este). A mim parece-me que mais do que a quebra com o passado ou simples passagem para uma natureza de recuperacao é a sintese do projecto em si que o explica.

O meu interesse sobre a viagem é pois encontrar as obras de viana e perceber ainda mais o modernista do porto e a sua faase final de tenaz e rigoroso historicista. Mocambique dispensa-se porque a intervencao nao foi profunda, mantendo-se 4 pontos de interesse nesta viagem que passarei a explicar em mais detalhe seguidamente, dentro do capitulo a pertinencia da viagem: forte principe da beira, brasil; o campo portugues de ayuthaya na tailandia, a cidadela de malaca na malasia e torre de menagem em arzila, marrocos.

O porque do titulo é também revelador da minha intencao neste trabalho. Do desconhecimento da obra do arquitecto em toda a sua dimensao.


PLANO DE VIAGEM DETALHADO


Roteiro da viagem detalhado – percurso – Forte Príncipe da Beira, Torre de Menagem de Arzila, Malaca e Ayuthaya.

Acesso ao forte – malaca – ayuthaya

Boneco do percurso

Ver imagens – forte principe da beira – arzila – malaca e ayuthaya

obras destruídas, percurso errático, obras alteradas e participadas

roteiro e plano da viagem detalhado


PERTINÊNCIA DA VIAGEM





tanto mais que se percebe a natural fundamental de viana de lima para a arquitectura portuguesa.
Dois interesses me surgem para a realizacao desta viagem. O emocional e o preenchimento um vazio.

sobre o carácter do viajante e da viagem – pessoa/ Camões

A obra escrita é insuficiente. O material existente resume-se a um sem número de artigos em diversas publicações e a um catálogo. O trabalho de génese mais interessante foi empreendido por Pedro Vieira de Almeida em jeito de tese sobre a obra de Viana de Lima no catálogo. Outros textos mais aturados  de formato médio surgem por pela mao de michel toussaint nos arquitectos e outros textos mais de recoleccao como o de pedro ferreira mendes, sempre dispersos por revistas ou em algumas publicacoes em que o modernismo e este seu representante é referido.

Sobre viana refere josé manuel no seu arquitectura do século XX que (in arquitectos do seculo XX, p 112, jose manuel fernandes, vide biografia) e sobre a exposicao organizada na gulbenkian em 1997 e de que exste o trabalho mais proximo de um de grande folego n catalogo organizado pela gubenkian – que e no seguimento das exposicoes organizadas sobre raul lino, sobre carlos ramos e entao depois viana, que “[a contribuicao de lima] ... depois, viana de lima, pela afirmacao do ideario moderno em portugal, no momento histórico do meado do século XX, quando foi mais dificil introduzir essa pratica entre nós”

Referir o arquivista, o papel do arquivista, biblioteca de umberto eco.

Sao necessários novos heróis e um recuo na globalização da arquitectura. O heroísmo é sobretudo justificado como balanco para uma epoca em que a arquitectura portuguesa era tida como reduzida à discussao sobre a casa portuguesa e em que se elaboravam relatorios sobre tais questoes. Viana elaborou antes da saida do inquerito o problema portugues da habitacao – em que exaltava nao um estilo ou genero mas o empenho urbanistico saido da carta de atenas que pretendia ver  praticado em portugal. Braganca?? Outros planos.

reconhecido sobretudo como o arquitecto sombra de niemeyer no projecto do hotel do funchal e do algarve, percurso notável que interessa recuperar ou ao menos mostrar aos menos atentos. Reconhecido como uma injusta figura de segunda nas obras de niemeyer em portugal (em 2 das 3 projectadas e em apenas uma realizada).

viana cultivou duas vertentes fundamentais em arquitectura – a introducao do modernismo e a recuperacao / respeito pelo antigo. Valoracao que interessa perceber melhor – queda, quebra, evolucao ou avancando paralelamente. Comparacoes com outros arquitectos. Desde que se apercebe da verdadeira consistência da palavra Arquitectura e de que se opõe mais do que poderia em termos técnicos ao artístico que se entende o que é paixão oposto ao construir. O capitulo da paixao pela arquitectura – desenvolver isto, deixar passar a ideia de que esta a avancar num sentido mais comercial e n tanto pessoal, a inauguraao da escola do porto e da tendencia de desenho em falencia para com outras caracteristicas actuais da disciplina e da pratica da arquitectura.

A viagem em viana de lima teve sempre um caracter emocional “isto é trabalho de amor, dito onde?” uma natureza heroica impelia-o em condicoes certamente muito menos faceis do que actualmente a viajar.

mais do que estabelecer uma biografia pretendo construir uma monografia e a viagem é o combustível necessário para essa matéria
política de conservação integrada, cat p.42

brasil

anos 68.70 – enviado pela unesco para ouro preto, relatório
ver artigo na unesco
ano 72 – missão unesco, cidades de são luiz (s) e alcântara (maranhão)
ver artigo na unesco, s luis
ano 77 – missão unesco, cidades de são cristovão e laranj(g)eiras, estado de sergipe; penedo e marechal deodoro, estado de alagoas
anos 73-74 – masterplans de ouro preto e mariana, patrocinado pelos municípios e fundação joão pinheiro
forte princípe da beira, cidade de costa marques, estado rondónia, margem do rio guaporé, perto da fronteira com a Bolívia, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian.  Recuperou também a capela local.

tailândia

"Campo Português" de Ayuthaya – plano de protecção das ruínas do convento dominicano e cemitério português, 1986, Sec XVI. Nome Ban Portuguete (referência em Peregrinação de Fernão Mendes Pinto).
Cidade Real de Ayuthaya, antiga capital do reino de Sião, depois Tailândia.
Ver relatório da Unesco.
passagem de fernao mendes pinto pela tailandia.

Arranjar foto da intervenção.

marrocos

arzila – Torre de Menagem da Fortaleza, patrocinado pela  Fundação Calouste Gulbenkian.
Ano – 1988, deixou o projecto estabelecido mesmo não tendo acompanhado a sua construção.

Arranjar foto da intervenção.

moçambique

ilha de moçambique – patrocinado pela  Fundação Calouste Gulbenkian, 1981
foi realizada exposição na gulbenkian em 1982 com painéis realizados que desapareceram. Referido no catálogo.

malásia

malaca – porta de Santiago e Igreja de São Paulo, 1984, Sec XVII
conquistada por afonso de albuquerque em 1511.
pesquisa e trabalho unesco -
pesquisa gulbenkian –
estado actual -

Arranjar foto da intervenção.

Citações -

in José Blanco, Um Grande Arquitecto que foi um Grande Homem, p.23 "isto é um trabalho de amor" cat  Fundação Calouste Gulbenkian
viana no CODA, p.37 Cat
encontrar uma no problema português da habitação, 48
p.52 Cat, nota 2

1 excertos do C.O.D.A. Concurso de Obtenção do Diploma de Arquitecto . Notas

procurar blog sobre malaca
procurar blog sobre arzila
procurar blog sobre principe da beira


texto justificativo sobre a pertinência da viagem 7500 cce máx 3 pag


ANEXOS


Bibliografia primária  ::

CAMPOS, Joaquim. Relatório – I O Campo Português em Aiuthia, Maio 1937. In Portugal na Tailândia.  [Consult. 2010-01-24], <URL:  HYPERLINK "http://portugalnatailandia.blogspot.com/"http://portugalnatailandia.blogspot.com>.

FERNANDES, José Manuel. Viana de Lima, o corbusiano, Arquitectos do Século XX: da tradição à modernidade. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2006, p.112-115.

LIMA, Viana de. O Problema Português da Habitação - 1º Congresso Nacional de Arquitectura, Maio-Jun 1948, Arquitectura Portuguesa, Cerâmica e Edificação Reunidas. n34, Abril 1953, p.215-222.

LIMA, Viana de. Reviver Malaca – Malacca a Revival, Lisboa: Figueirinhas, 1988.

MARTINS, José. Viagem sem destino pelo centro norte da Tailândia. In Da Tailândia com amor e humor.  [Consult. 2010-01-20], <URL:  HYPERLINK "http://portugalnatailandia.blogspot.com/"http://maquiavelencias.blogspot.com>.

MENDES, Pedro Ferreira. Viana de Lima, na vanguarda do modernismo, Arquitectura & Construção. n54, Abril-Maio 2009, p.82-85.

MILHEIRO, Ana Vaz [coord.]. 1953-55 Viana de Lima, Bloco Costa Cabral, Habitar em Colectivo, Arquitectura Portuguesa antes do SAAL. ISCTE/DAU, p.42-48.

PORTAS, Nuno. 1941 - Casa Unifamiliar, no Porto, na R. Honório de Lima, Arquitectura. n74, Mar 1962, p.30-35.

RAMOS, Tânia; MATOS, Madalena. Campos opostos: trabalhos e viagens de Viana de Lima no Brasil, 2º Seminário DoCoMoMo Brasil N-NE. Junho 2008.

RIBEIRO, Sommer [dir.]. Viana de Lima: Arquitecto 1913-1991, Lisboa/Porto: Fund. Calouste Gulbenkian/ Cooperativa Árvore, 1996.

TOSTÕES, Ana. Construção moderna: as grandes mudanças do Século XX.

TOUSSAINT, Michel. Viana de Lima: um percurso moderno em Portugal, Arquitectos, n166-167, Dez-Jan 1997, p.30-37.

X Congresso CIAM. 1956, Representação Portuguesa, Arquitectura, n64, Jan-Fev 1959, p.21-28.


   CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas, Canto IV, 94. (ao introduzir o Velho do Restelo).  
   LIMA, Viana de. Curriculum-vitae elaborado pelo próprio. in  Viana de Lima: arquitecto 1913-1991. 1996, p.43.    
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PRÉMIO FERNANDO TÁVORA '09 // RAFAEL JOSÉ VIEIRA